Felizmente ainda há quem se preocupe com as condições de trabalho e com o mínimo de conforto dos trabalhadores, defendendo os seus direitos. Leia-se, por exemplo, a opinião de Laurentina Pedroso, segundo uma notícia do Público:
“A constante exposição ao trânsito, ao barulho e à poluição, as longas horas de trabalho em condições inadequadas de calor ou de frio, a permanência em pé e em andamento em superfícies duras como o asfalto e as calçadas (…) não são compatíveis com a protecção e os cuidados necessários. (…) Trabalham por vezes mais de dez horas por dia, sete dias por semana, (…) sem regras, sob temperaturas inóspitas, sem direito a intervalos de descanso e sem locais adequados a esse descanso.”
Assim, propõe por isso algumas regras mínimas: máximo de seis horas de trabalho diária, com intervalos de 30 minutos a cada duas horas, devendo os trabalhadores ficar sentados nestes períodos de descanso. Deste código de conduta faz ainda parte um dia de repouso por cada sete de trabalho e um período de férias anual de quatro semanas.
Quem pode deixar de concordar? Mas quem é Laurentina Pedroso, como foi feito este protesto e a que trabalhadores se refere? LP é professora de Veterinária, ex-bastonária da Ordem e atualmente provedora nacional do animal.
Que “trabalhadores” tanto a preocupam, de modo a fazer uma recomendação ao governo para aprovação desse código? Trata-se dos cavalos que, em algumas zonas turísticas, puxam as charretes que passeiam turistas. Muitos imigrantes, em particular os que trabalham na agricultura, bem desejariam ter um equivalente provedor nacional do imigrante!